quarta-feira, 16 de março de 2011

Quem sabe um dia eu aprendo.

Sei lá se dá pra se ofender com o que eu vou escrever abaixo, mas como já estou acostumada a ver todo mundo se ofender com as coisas mais ridículas e menos prováveis de terem sido escritas com a intenção de cutucar alguém - e nisso a geral se entrega, né, seus tolinhos. - já vou dizendo que isso foi escrito ESTRITAMENTE pensado em mim. Sem pegar exemplo de ABSOLUTAMENTE ninguém, sobre NADA. E, na verdade, nem leiam. Eu sei lá porque to postando essa merda.
Seguindo.

Maldito seja se você é do tipo que quando alguém diz pra não fazer, aí é que faz. Fico de consciência tranquila (nova ortografia mandou um beijo) porque eu raramente promovo essa joça de blog, logo, poucos terão o desgosto de VER isso, mas se LEREM, ai o problema não é meu. Não forço ninguém a fazer nada, e quando tento falho tão BEM que sou eu mesma que me faço falhar. Pois é, não fique constrangido em me trair, trair a minha amizade, a minha confiança, e os caralhos. Eu mesma faço isso o tempo todo.

Quem sabe um dia eu aprendo.

Venho de um conflito sobre o certo e o errado. Sempre fui o certo, sempre sofri por isso. Antes muito menos, e aos poucos cheguei no que estou. Não sei definir. Pode parecer exagero, mas pensando em toda vez que eu 'break down' e 'cry', do nada, nos lugares mais aleatórios e nada haver da vida, eu não encontro definição melhor do que cacos. Sim, cacos. Eu sou um montinho de cacos ambulante, olha que divertido.

Não, não é.

E quem vê isso? Bom, minha mãe. E agora eu até concordo com ela sobre me levar numa psicóloga. A primeira vez que ela me obrigou, eu não sabia o que dizer. A vida estava ok, a escola era uma merda mas ok, a vida em casa era uma merda mas ok. Agora talvez eu saiba. É, agora, que a escola é um cursinho - logo, as melhores aulas da vida e tal. -, que o conviver em casa foi aprimorado, e apesar das atritadas, estamos ai, sabendo lidar com tudo... Agora eu tenho coisas na mente, coisas que cresceram nesses míseros 18 anos, coisas que eu entendo... Agora.
E nem entendo tanto assim, por isso seria legal um psicóloga ai. Mas ok.
Aliás, por isso é melhor você não ler, se estiver lendo, pois pare AQUI, e JÁ. Não quero ser responsável pelos distúrbios que esse papo pode causar numa mente despreparada.
É sério.

Eu sei que você vai ler, Marina. Por mais que eu diga NÃO, você vai. Ok ok. Só não pergunte o que aconteceu, porque eu não vou saber responder. Não aconteceu nada. Não pra causar tudo isso, isso foi causado aos poucos, por pequenas e algumas grandes coisas. E eu estou bem. Só estou... Mais frágil do que gosto de pensar que sou. Aliás, mais frágil do que foi toda a vida, frágil demais pra aguentar o que aguentei muitas vezes antes.

Ah, leia Desventuras em Série, a propósito. Você que chegou até aqui, com todas essas coisas doentias que eu disse, e os pedidos de 'Não leia.', 1 - tem o perfil ideal para ser um leitor de Lemony Snicket, 2 - Me conheçe, é meu amigo, me considera e se importa o mínimo pra querer entender o que se passa, 3 - não me conhece, mas se iludiu e se interessou pela baboseira toda, ou 4 - Seu desespero é tão grande em saber da minha vida que você até parou de respirar pra ler o que me destruiu.

Bom, ai vai a bomba. Sou uma filha da mamãe linda tão sortuda que fui abençoada com TANTA força que FRÁGIL, nos meus parâmetros, é provavelmente mais do que você, louco pra ler a desgraça dos outros, é forte. Seguindo.

Ainda tenho o que me faz mas forte. 'nhénhénhé sua família? seu namorado, seu AQUÁRIO no facebook?'. Não, gracinha. Você fala disso como se fosse clichê. Bom, não é. Porque se eu não amasse tanto meu namorado, ele não seria meu namorado. Logo, todos os clichês que saem da minha boca não são nada menos do que o que eu sinto com cada pedacinho do meu corpo. Todas essas coisas, infelizmente, podem sumir de um dia pro outro, por força maior, por destino. Sim, eu amo minha família, amo demais, e eu amo o meu namorado, como jamais vou conseguir amar outra pessoa. Amar aqui eu não me refiro a paixão, note. Amar no sentido de se importar, de querer o bem sempre, de se encantar com os mínimos detalhes e outros mimimis. Ah, e meu aquário no facebook foi abandonada há anos, sendo que foi o primeiro joguinho que eu usei lá. MFGMFGMF. LEMBRA MAAAH? Você e a mania cruel de esconder o Baú do Tesouro. Enfim. O que me faz forte? Filosofia de vida. Mas o que me pega toda vez que eu caio? Ele. Toda vez que algo falhar, que nada parece claro, que o mundo se fecha e eu fico com o emocional bichado, é ele quem não precisa fazer mais do que me abraçar pra me ajudar em tudo.

Sem brincadeira, enquanto você dormiu lendo o mundo de sofia, eu devorei cada página com uns 12 anos de idade. Assumo que em certas partes fiquei impaciente, MAS EU TINHA DOZE ANOS. E acho que a disposição dos textos que causou isso. Enfim. SÓCRATES. Σωκράτης. Redigido por Platão, minha felicidade em papel. Exagerei. Mas filosofia sempre foi minha religião, mesmo quando eu não fazia idéia do que era. A raça humana usava o cristianismo como base, para aliviar o medo da morte entre outras coisas, e então aqueles que precisavam de algo mais sólido, algo mais real...

Estoicismo. É uma doutrina filosófica, eu chamo de religião.

Parabéns, eu nunca disse isso pra ninguém antes. Só "Eu acredito na natureza. Ela é a força maior. É o que eu acredito." Enfim, falei falei e ainda não cheguei no ponto do que me fez em cacos, durante todo esse tempo.

Essa é a parte simples.

Inocência. Bondade. Companheirismo. E essas coisas que normalmente fingem ser, e quando são passados pra trás antes de passarem pra trás ficam 'ah, mimimi, falsos, chorei rios.'
Eu nunca fiz isso. Quando seguem em direções opostas a mim, eu aceno, com um sorriso, e desejo o melhor. Não estou me fazendo de santa porra nenhuma aqui, é simplesmente o que eu sou, o que eu acredito. Não dá pra carregar cada pessoa que um dia diz oi pra você pro túmulo. Aliás, não dá pra carregar ninguém pro túmulo.

Inocência. Repare que se você chegar e disser "INVENTARAM A CURA PRA AIDS, A ÁFRICA ESTÁ FINALMENTE SEM CASOS DE FOME E O BRASIL AGORA TEM UM GOVERNO TÃO JUSTO QUE O SALÁRIO MÍNIMO DE TODOS OS CIDADÃOS VAI SER 6.000 REAIS!" eu vou acreditar. Exagerei? Um pouco. Mas de cara, eu acredito. E ainda vou dizer 'Nossa, como isso não apareceu no estadão?! Leio todo dia pelo celular...', até que eu vou me tocar que é um brincadeira, e você, como muitos outros antes, vai estar só me sacaneando. Ok, se você tirara parte do Brasil, vai me enganar por mais tempo.

E como saber quando é confiança e quando é inocência? Eu nunca tinha pensado nisso antes. O que é confiança? Se for acreditar cegamente em qualquer baboseira, eu tenho isso, e se tenho. Mas isso soa mais com inocência, aquilo que eu tenho quando alguém chega com uma notícia bombástica que nem a citada de exemplo acima. Eu confio porque quero confiar. Eu confio porque é mais agradável do que duvidar? Eu confio porque não gosto de perder tempo. Mas eu não confio em qualquer um, não mesmo. 5, chutando alto. 1 tem minha total confiança, e eu nem sei como aconteceu, vim a entender depois, aos poucos... E é confiando cegamente que, quando qualquer besteirinha, ideia cabeluda e coisa do tipo aparecer, esse meu mundinho vem abaixo. E então vem tudo, tudo que eu devia ter pelo menos feito uma segunda pergunta, refletido mais um pouco, e essa beteirinha vira um furacão. Ou um dinossauro, melhor. Um MetalTyrannomon, mais ou menos. Ai que entra o grande amor da minha vida. Ele sorri, limpa minhas lágrimas, e diz: "Eu te amo. Mais do que tudo. Só você." E o mundo volta a parecer um ótimo lugar pra se viver.

Mas, família, não minta, nem que seja a menor das mentiras, nem que seja pra esconder que entrou no meu quarto e derrubou meu bico de pena no chão sem querer. Mentiras destroem a minha vida, e não de qualquer pessoa, mas de vocês, que são o meu lar. A minha base. E você, que recebeu o poder de ter todo o meu afeto, carinho, atenção, fidelidade e cia, minta menos ainda. É claro que você, o meu amorzão, me contou tantas verdades que eu não duvido de uma sílaba dita pela sua boca, eu jamais conseguiria duvidar de alguém que me tratou como você desde o princípio e cada vez mais confiei em ti, mas qualquer mentirinha que seja... Pode ser pior que o MetalTyrannomon. HUAHAUA Eu comecei a viajar? É que a tristeza passou.

É, passou e foi embora, bem que tentou olhar pra trás, e eu ri, de costas. Ela é a insegura, e não eu. Ela que precisa se alimentar de mim, e não eu dela. Tadinha, ela nunca resiste a um abraço seu. E o que eu posso fazer? Agradecer, como sempre. Por ser, além de tudo que já é, meu herói.

Eu nunca achei que fosse precisar de um, mas estou eternamente grata por ter você.

Hoje eu estava voltando de ônibus pra casa, depois do cursinho, e uma senhora entrou nele, vendendo balas. Halls. 1 real. Ninguém deu a mínima atenção pra ela. Eu devia ter feito o mesmo, porque parando no fato dela ser uma senhora eu já estava horrorizada. Aqueles ônibus bem delicados, sabe, que andam devagarzinho e vazios. HAHA
E, pra melhorar, notei que ela não tinha visão. Os olhos claros pareciam marejados, pela 3 vez que ela repetiu a fala, pedindo para colaborarem com ela, e eu já tinha arrancado a língua fora pra não chorar. O que ela fazia ali? Que tipo de monstro faz isso com uma senhora, que além de tudo é cega? Humanidade? Cê tá de brinks comigo, isso não é nada humano! Político enchendo o rabo de dinheiro, e...

Eu sei que não tenho como saber da vida de ninguém, eu sei que nada é sempre o que parece, mas eu cansei disso, cansei de ver toda essa injustiça e não poder fazer nada além de chorar. Eu me sinto mais fraca ainda chorando, um bebe mimado. Mas eu choro de raiva, raiva por ver o que o ser humano faz com si mesmo e com os outros, raiva dessa maldita desigualdade desnecessária, raiva de impostos que não deveriam ser cobrados já que tudo que compramos já é taxado antes, raiva de não ver esse dinheiro em lugar NENHUM, raiva por não entender porque são TÃO gananciosos que não sobra um pouco pra melhorar esse país. Raiva porque tudo começa na educação, e isso é exatamente o que essa democracia menos dá. Raiva desse POVO que não EXIGE seus direitos, que não se revoluciona, que não coloca esses merdas pra baixo! QUANTOS NÓS SOMOS MESMO?

Ah, eu já cansei de pensar nisso também, cansei de falar pra parede. Eu já sonhei em poder fazer algo pra esse país, mas pelo jeito, só tacando uma bomba atômica mesmo, porque educação... Só quando for extremamente necessário pra eles.

E você, que se importa em ter um Ferrari ou o carro do ano, drop dead, right? :)

Obrigada por não lerem, eu agradeço do fundo do coração,
Roberta Cintra.

p.s. pós comentário da Mah: Eu sei bem que você não fala nada, precisa fazer um ritual todo pra arrancar alguma coisa de você u-u e eu não curto tanto assim incomodar HUAHAUHA pior que ti, só teka-maria! mas é uma daquelas ocasiões em que o silêncio é muito melhor que qualquer papo furado sobre perguntas sem sentido. Pessoas assim não caem do céu todo dia. Só de sexta feira treze quando a lua alinha com júpiter (?) HAHAHAHA nem sou engraçada. Enfim, te odeio por não estar comigo no etapa, um beijo ;*

2 comentários:

  1. É incrível como você me conhece.
    E, eu ousaria dizer, é incrível como eu conheço você sobre coisas que nós nunca conversamos.
    Sabe por que?
    Porque nós pensamos igual. E o tempo sempre confirma isso sobre várias coisas. Talvez a criação, não sei.
    Mas nada disso muda o orgulho que eu tenho de você, de te conhecer e de ser sua amiga.
    Porque, apesar de toda a similaridade, você assume coisas que eu nunca assumiria. O que você tem que eu não tenho é coragem.
    E eu tenho uma péssima notícia pra você.
    Pela descrição de amor que você deu.
    É, triste.
    Sabe aquilo de família?
    Irmã.
    É, é, irmã.
    Em dois anos? É, em dois anos.
    E esse post só me lembrou isso!
    Eu amo você.
    Fim.

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  2. Por mais que eu tenha minha família, meus amigos e etc, são coisas de fora ou de mim mesma que me fazem seguir em frente. Você fala da filosofia (que também sou apaixonada), e eu da HISTÓRIA, dos grandes revolucionários que morreram por um mundo melhor, os grandes músicos que parecem oráculos ou profetas do apocalipse com suas letras bem profundas (deve ter percebido que eu curto um rock progressivo).
    Fico feliz que com o passar do texto você se animou :) Mesmo lembrando da senhora no ônibus, que me deixa também meio emotiva vendo a desigualdade gritante, é uma coisa que me afronta mais do que tudo, sei lá.
    Eu nem fico mais grilada quando tô mal, porque sei que de uma hora pra outra vou tar completamente diferente, ou também que ficar mal me ajuda a pensar mais. Não sei, penso em coisas que evito quando tô alegre, sabe? É estranho...
    Amei teu blog e vou seguir :D

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