terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

OH!

Dias felizes são merecedores de notas felizes. Decidi e fiz tantas coisas nesses últimos dias. E o sorriso no meu rosto é uma conquista minha, que nada me tira. Esse ano? Cursinho, estudar, bolsa integral, estudar muito, ignorar os comentários "Mas é Letras! Não precisa estudar." todas as milhares de vezes que eu ouvir. Porque, como saber se é fácil, se eu nunca prestei? Arriscar? Ooooh boy, essa não sou eu. Estudar muito, porque é pra isso que eu consegui bolsa integral. Estudar muito, porque, próximo ano... Letras, minha tão adorada Letras. FFLCH, USP, Cidade Universitária. Pra um sonho antigo e ardente, que jamais se deixou esquecer, e, afinal... É o que eu mais quero.
Até algum dia, caríssimos.
:)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Pra não dizer que não falei das... dores.

Mas eu nem sei por onde começar isso. A verdade é quem eu nem tinha pensado em escrever isso. Bateu aqui, agora, essa necessidade de colocar em palavras esses sentimentos. Eu acho que não estava pronta nem sequer pra pensar nisso. Achamos que não é nada, mas esse nada era tudo, tudo que eu batalhei esse ano. Cada ponto a mais na FUVEST, cada questão que eu sabia do que se tratava o assunto... Uma verdadeira conquista, ainda mais perto da prova que fiz em 2010. Eu realmente não sabia o que estava fazendo. É completamente diferente fazer uma prova tendo estudado o ano todo pra ela.
E não ser o suficiente. Ir tão longe, e não chegar nem perto. "FOI SÓ UM PONTO!", gritou Júlia. "Um ponto e ela passava!" E eu que cheguei dizendo que tinha ido muito mal, que mesmo que fosse pra 2ª fase, com essa nota na 1ª não ia nunca conseguir passar... "Ah não, fizemos os cálculos lá, a nota não ia influenciar muito, não." Vindo de um corretor da FUVEST, ok. Mas e os outros 110, que passaram? Se foram melhores que eu na 1ª fase, porque não seriam melhores na 2ª, também? Certo, dissertativa é o meu forte. E, desenho. Mas, perdi a confiança. Claro que se tivesse passado pra 2ª, eu ia com tudo pra cima dela, nos três dias. Mas, seria o suficiente?
O fato é que "se" não rege nada, e lamentar também não. Então, vem a parte mais complicada.
Planejar 2012. Com a mesma garra, a mesma segurança, a mesma vontade de 2011. São praticamente 3 meses pra me recuperar, juntar toda essa força pra fazer o que fiz ano passado e muito mais. Estudar matemática básica antes de voltar pro cursinho, o máximo possível, passar as tardes lá, em alguma sala de estudo, usar e abusar dos professores e plantonistas. Fazer o RLA, não importa o quão "CV feelings" as aulas sejam, mesmo que não cheguem nem no pé das aulas da Rita. Eu preciso. Porque desse ano, não passa.
Não sei se consigo passar por tudo isso um 3º ano. Aí você diz, "Mas já tá pensando nisso?", e é claro que estou, imagina o meu estado, agora! Com os sonhos destroçados, a confiança que entrou de férias e não deixou previsão de volta. Minhas falhas gritando, dizendo que são eternas, não importa o que eu faça. Mesmo assim, decidi que vou fazer de tudo. Mesmo quebrada, eu quero esse ano. Eu quero essa chance. Eu não vou estragá-la.
E dane-se onde mais vou prestar, nada disso importa, e apesar de morrer pela Belas Artes, e ser o plano B mais lindo que esse país já viu, não quero saber de planos B, C e D. Quero FAU. Quero USP. Quero Cidade Universitária. E é nisso que fica o foco.
Sinto a confiança voltando? Quem sabe.
Mas o fato é que desistir não se encontra no meu vocabulário.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Crise da Janela.

Lá estava eu no Tumblr, quando apareceu um clássico post sobre insegurança. Com um design impecável, lindo, e eu quase dei reblog. Quase. No segundo antes de clicar, veio a seguinte frase nos meus pensamentos: "AH, VOCÊ, INSEGURA? TÁ!". E aí, vim pra cá. Fiquei encarando esse branco como se precisasse me organizar sobre isso, e o melhor jeito sendo sempre escrever.
Pois bem, eu nunca fui de precisar dos outros pra viver. Gostar? Sim. Apreciar? Sim. Merecer? Sim. Mas morrer com a ausência de alguém... Nunca. Acho que sempre fui muito esclarecida na questão "Fica quem quer ficar.", e se foi embora, foi porque queria ir. Então, qual o sentido em querer que essa pessoa fique? Por que sofrer tanto? Qual seria a felicidade em ter por perto quem não queria estar ali?
E o que isso tem haver com insegurança? Bom, o post era sobre ter medo de não ser o suficiente, de as pessoas irem embora por causa disso.
Essa não sou eu, nunca fui. Saudade? Talvez, quem sabe. Mas medo de não ser o suficiente? Nunca. Posso ser ruim em muitas coisas, às vezes tenho um lado egoísta que me cega e eu mal percebo, mas sempre gostei muito de mim mesma. Então, se alguém resolve ir embora, por mais que me deixe triste, não sou de me culpar por não ser ~legal~ o suficiente. DUDE, I'M AWESOME!
Mas medo, já senti sim. Outro tipo de medo. Acho que ninguém é impune à isso. Tudo era perfeito, jogam uma pedra da sua janela, que mal risca o vidro, mas o ponto em que a pedra o atingiu não sai da sua cabeça. Por quê? O quê? Então foi tudo mentira? É claro que não, você sabe que não, você viveu tudo aquilo. Mas podia ser. Podia, se fosse diferente. Em outro caso. Se você não soubesse com tanta certeza. E aquilo me cegou mais do que qualquer crise egoísta, aquilo me deixou tão vulnerável como eu jamais fui. De chorar todo dia, a qualquer relance daquela janela. Dos outros me acharem forte, mas eu não ser forte o suficiente. Compreensiva, mas insegura. Insegurança, medo. Foi um deslize? Sim. Mas aconteceu. Até comigo, que me acho demais, e não me trocaria por ninguém. HUAHA falando sério, passou.
Mas, quer saber? Foi por um bom motivo. Não foi por qualquer coisa idiota, não foi por um caso ali na esquina. Podia ter superado isso mais rápido, não consegui. Mas, daqui pra frente, façam o que quiserem com a janela. Não é dela que eu dependo pra ser feliz, é de mim. E, de brinde, dele. Que sabe fazer isso muito bem, e sempre soube.