“Eu tenho tanta sorte!”, a exclamação veio do nada, e na bagunça da festa, com crianças mostrando a língua, adolescentes e quase-adolescentes jogando Uno, adultos tomando uma cerveja (ou a décima), com BeeGees ao fundo, eu virei e sorri.
“Por...?”
“Você é linda! Já disse?”
“Mas eu já te disse isso antes!”, uma indignação divertida veio com a sua voz, capaz de acalmar até a última célula do meu corpo, e de tantas outras cositas mais também.
“Disse, mas eu não sou.
“É sim.”
“Não sou não.”
“Eu digo que é. E é. Entendeu?”
“Ahh assim sim, senhor!”
E risadas. Risadas silenciadas por beijos, tão ternos que apenas as memórias me amolecem. Esse sorriso bobo não vai sair dos meus lábios, toda vez que eu esbarrar em um desses momentos, em todos os nossos momentos.
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